quarta-feira, 22 de maio de 2013

EXPERIÊNCIAS DE MORTE
          Trecho de texto escrito por Pamela Kribbe
      
Ao conectar-se com a sua Essência você percebe que não depende de nada que esteja fora de você. Você é livre. Você está verdadeiramente no mundo, mas sem ser do mundo. Não é algo que aconteça de repente e para sempre. É um processo lento e gradual, no qual você se conecta, se desconecta, se reconecta ...

Gradualmente, o foco da sua consciência move-se da dualidade para a unidade. Ela se reorienta, descobrindo que, eventualmente, é mais atraída para o silêncio do que para os pensamentos e as emoções. Por silêncio, queremos dizer: estar completamente centrado e presente, em um estado de consciência não julgadora.                 

Não existem meios ou métodos determinados para se chegar a isso. A chave para conectar-se com sua Essência não é seguir alguma disciplina determinada, mas realmente compreender. Compreender que é o silencio que o leva ao Lar, não os seus pensamentos ou emoções.
Essa compreensão cresce lentamente, à medida que você vai se tornando mais consciente do mecanismo dos seus pensamentos e sentimentos. Você se desapega de velhos hábitos e abre-se para a nova realidade da consciência baseada no coração. A consciência baseada no ego dentro de você perde a força e lentamente morre.                                                                            

Morrer não é algo que você faz; é algo que você permite que aconteça. Você entrega-se ao processo de morrer. Morte é uma outra palavra para mudança, transformação. É sempre assim. A morte é sempre uma liberação do velho e uma abertura para o novo.
Dentro desse processo, não existe um só momento no qual “não somos”, isto é, no qual estamos mortos conforme a nossa definição de morte. A morte, como a definimos, é uma ilusão. É apenas o nosso medo de mudança, do desconhecido, que provoca o medo da morte.                                                

Não tememos apenas a morte física, mas também a morte emocional e mental, durante a nossa vida. Mas sem a morte, as coisas se tornariam fixas e rígidas. Tornar-nos-íamos escravos dos velhos padrões: um corpo gasto, formas de pensamento antiquadas, reações emocionais limitadas. Isto não é sufocante? A morte liberta.

A morte é uma cascata de água fresca que abre à força os portões velhos e enferrujados, e nos impulsiona para novas áreas de experiência. Não tema a morte. Não há morte, apenas transformação.

A passagem da consciência baseada no ego para uma vida centrada no coração é, de certa forma, uma experiência de morte. Quanto mais nos identificamos com o Ser, mais liberamos coisas com que costumávamos preocupar-nos ou em que  colocávamos muita energia.  Percebemos, em níveis mais profundos, não haver realmente nada para fazer, apenas ser.

Quando você se identifica com a sua real existência, deixando de se identificar com os pensamentos e emoções efêmeros que o possuem, sua vida é profundamente afetada.                          
Eu Sou não é algo abstrato; é uma realidade que você efetivamente pode trazer para a sua vida.
Estar em contato com a mais pura das fontes muda tudo em nós e em nossa vida.

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