EXPERIÊNCIAS
DE MORTE
Trecho
de texto escrito por Pamela Kribbe
Ao conectar-se com a sua Essência você percebe que não depende de nada
que esteja fora de você. Você é livre. Você está verdadeiramente no mundo, mas
sem ser do mundo. Não é algo que aconteça de repente e para sempre. É um
processo lento e gradual, no qual você se conecta, se desconecta, se reconecta ...
Gradualmente, o foco da sua consciência move-se da
dualidade para a unidade. Ela se reorienta, descobrindo que, eventualmente, é
mais atraída para o silêncio do que para os pensamentos e as emoções. Por
silêncio, queremos dizer: estar completamente centrado e presente, em um estado
de consciência não julgadora.
Não existem meios ou métodos determinados para se
chegar a isso. A chave para conectar-se com sua Essência não é seguir alguma
disciplina determinada, mas realmente compreender. Compreender que é o silencio
que o leva ao Lar, não os seus pensamentos ou emoções.
Essa compreensão cresce lentamente, à medida que
você vai se tornando mais consciente do mecanismo dos seus pensamentos e
sentimentos. Você se desapega de velhos hábitos e abre-se para a nova realidade
da consciência baseada no coração. A consciência baseada no ego dentro de você
perde a força e lentamente morre.
Morrer não é algo que você faz; é algo que você
permite que aconteça. Você entrega-se ao processo de morrer. Morte é uma outra
palavra para mudança, transformação. É sempre assim. A morte é sempre uma
liberação do velho e uma abertura para o novo.
Dentro desse processo, não existe um só momento no
qual “não somos”, isto é, no qual estamos mortos conforme a nossa definição de
morte. A morte, como a definimos, é uma ilusão. É apenas o nosso medo de
mudança, do desconhecido, que provoca o medo da morte.
Não tememos apenas a morte física, mas também a
morte emocional e mental, durante a nossa vida. Mas sem a morte, as coisas se
tornariam fixas e rígidas. Tornar-nos-íamos escravos dos velhos padrões: um
corpo gasto, formas de pensamento antiquadas, reações emocionais limitadas.
Isto não é sufocante? A morte liberta.
A morte é uma cascata de água fresca que abre à
força os portões velhos e enferrujados, e nos impulsiona para novas áreas de
experiência. Não tema a morte. Não há morte, apenas
transformação.
A passagem da consciência baseada no ego para uma
vida centrada no coração é, de certa forma, uma experiência de morte. Quanto
mais nos identificamos com o Ser, mais liberamos coisas com que costumávamos
preocupar-nos ou em que colocávamos
muita energia. Percebemos, em níveis
mais profundos, não haver realmente nada para fazer, apenas ser.
Quando você se identifica com a sua real existência,
deixando de se identificar com os pensamentos e emoções efêmeros que o possuem,
sua vida é profundamente afetada.
Eu Sou não é algo abstrato; é uma realidade que
você efetivamente pode trazer para a sua vida.
Estar em contato com a mais pura das fontes muda
tudo em nós e em nossa vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário