A paz
no mundo começa dentro de mim quando me aceito, de corpo e alma, e reconheço
meus limites com paciência e calma.
E em
vez de me fragmentar em mil pedaços, eu me coloco inteiro no que penso, sinto
e faço... passageiro no tempo e no espaço.
Sem
nada para levar que possa me prender. Sem medo de errar e com muita vontade
de aprender.
A paz
no mundo começa entre nós, quando eu aceito o teu modo de ser... Sem me
opor ou resistir, e reconheço tuas virtudes, sem te invejar... ou me retrair!
E faço das nossas diferenças a base da nossa convivência.
E, em
lugar de te dividir em mil personagens... consigo ver-te inteiro... despido...
real... sem nenhuma maquiagem... companheiros da mesma viagem, no processo
de aprendizagem do que é ser gente.
A paz
no mundo começa quando as palavras se calam e os gestos se multiplicam ...
quando se reprime a vergonha e se expressa a ternura... quando se transmuta
a doença... e se enaltece a cura... quando se combate a normalidade
que virou loucura.
E se
estimula o desejo de melhorar a humanidade... de construir uma outra sociedade,
com base numa outra relação... em que amar é a regra... e não mais a exceção!
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